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DEUSES DA AVENTURA: A Banalidade de Arabel, por Vinny e Emídio | Alta Fantasia Épica nessa Introdução ao Mundo de Arabel | NITROLEITURAS
Personagens épicos e uma excelente introdução ao universo de Alta Fantasia dos Deuses da Aventura, um projeto literário e de RPG de Vinny e Neto, do fantástico podcast de RPG Deuses da Aventura! Deuses da Aventura – A Banalidade de Arabel – Capa DEUSES DA AVENTURA: A Banalidade de Arabel, por Vinny e Emídio| 190 pgs., Caravana, 2023 | Alta Fantasia | Lido de 26/04/24 a 27/04/24 |…
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"Um Ano Inesquecível"
Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: A cada estação do ano corresponde uma história típica do quotidiano de qualquer adolescente: as vivências, as emoções, os problemas, as dúvidas, os amores, as desilusões… momentos inesquecíveis e surpreendentes que deixam suaves memórias para mais tarde recordar. Este é um livro sobre esses instantes: uma fascinante viagem de inverno e uma paixão inesperada (Paula Pimenta), um outono decisivo (Babi Dewet), uma paixão que floresce com a primavera (Bruna Vieira) e um amor ardente de verão (Thalita Rebouças). Quatro histórias escritas a quatro mãos sobre jovens que experimentam vivências e sentimentos tão intensos que dificilmente irão esquecer.
Aᴜᴛᴏʀᴀs: Paula Pimenta, Babi Dewet, Bruna Vieira e Thalita Rebouças.
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ALERTA SPOILERS!
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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: Em "Enquanto a neve cair", uma Mabel apaixonada descobre que o alvo dos seus afetos acabou de ficar solteiro e, esperançosa no que pode vir a acontecer entre os dois, engendra um plano para partilharem uma tenda na dormida que vão fazer em casa dos amigos. Ora, quando os pais decidem surpreendê-la com uma viagem à neve de última hora, todas as suas intenções para a última semana de férias caem por terra. Para a Mabel, o cenário idílico das montanhas brancas do Vale Nevado mais parece um pesadelo, algo que ela não deixa de dizer aos pais, ganhando assim o "prémio" de não puder tocar no telemóvel a viagem inteira. Quando o seu avião finalmente aterra no Chile, uma Mabel muito contrariada apercebe-se de que, afinal, não sabe nada sobre esqui...e que o Igor não é quem ela pensava que era. Felizmente para ela, ambas a sua falta de equilíbrio e o seu coração partido têm uma solução, e é entre as pistas, num lindo instrutor de esqui, que ela a vai encontrar.
Os pais da Ana Júlia têm sonhos grandes para ela, expectativas claras para o seu futuro, e sendo que ela própria não se consegue lembrar de outro rumo a seguir, resigna-se a ser advogada. Com a ideia de dar à filha a vantagem da experiência, o pai da Ana consegue que um amigo advogado a aceite como estagiária, e é desta forma que a rapariga acaba por passar todas as tardes do seu último ano de secundário numa firma. A vida da Ana Júlia torna-se assim banal e repetitiva, pelo menos até, no seu caminho rotineiro para a firma, se passar a cruzar constantemente com um músico de rua carismático que lhe quer atrair a atenção. Ela não liga nada à música, o facto de o seu nome vir de uma canção de Los Hermanos só piora esse sentimento, mas quando João Paulo, chamado assim em honra dos Beatles, se infiltra no seu quotidiano e lhe dá um gosto da beleza das melodias, a Ana abre mão do cinismo e dos podcasts a favor da alegria e do ritmo. Viciada nas novas sensações que o rapaz a fez sentir, a Ana Júlia faz-lhe um pedido, consciente de que o seu tempo juntos está a chegar ao fim: para a ajudar a formar memórias que valham a pena recordar quando ela se entregar ao Direito. Em "O som dos sentimentos", uma rapariga presa à seriedade e à lógica encontra uma futura estrela musical cheia de vida e de amor para dar, e experiencia a magia do outono como nunca antes.
"A matemática das flores" acompanha Jasmine, uma miúda fora da caixa com sonhos reprimidos por pais protetores, que se arrisca a não seguir para a universidade por falhar a matemática. Ela odeia a disciplina com tudo em si, e o professor ser quem é só piora as coisas, mas a ideia de ficar para trás enquanto todos os seus amigos avançam na vida é muito mais assustadora do que um par de números. Mais por iniciativa da mãe do que por sua, a Jasmine aceita ter aulas de apoio com o horrível professor Carvalho todas as tardes depois da escola, para recuperar no que está para trás, mas quando o rapaz enigmático que viu no metro inesperadamente se torna no seu tutor, as equações deixam de lhe provocar tantas dores de cabeça. Para não reprovar, a rapariga tem que ter uma nota quase perfeita no exame, como compensação, mas os perfumes da primavera não lhe vão facilitar a vida, e o brotar de uma paixão pelo David pode custar-lhe o futuro.
O primeiro amor da Cacá trocou-a por um cavalo, a Inha foi humilhada e traída pelo namorado e a Tati...bem, a Tati nasceu com o nome mais estranho do mundo, isso já é castigo suficiente. Para ultrapassar as suas dores, o trio inseparável decide aproveitar bem o verão, bronzear até não dar mais e, por uma vez, afastar-se do drama (na verdade, só a Inha é que quer isso, a Cacá tem todos os príncipes europeus solteiros na mira e a Tati arrancaria o próprio pé por um minuto de fama). Os dias pacatos ao sol das amigas são interrompidos quando sai a notícia de que o Wylsinho, irmão da Tati e futebolista medíocre, está a namorar com a funkeira mais badalada do momento, Keillinha Kero-Kero. Daí em diante as raparigas tornam-se famosas por associação, subcelebridades, e na altura do Carnaval, juntam-se à Kero-Kero no camarote privado com a vista mais fantástica dos desfiles. É entre canções, bailados e festa que a Cacá encontra um verdadeiro príncipe, herdeiro do grande império da paçoca, que a Tati finalmente sente o sabor da fama e que a Inha dá de caras com um galã de olhos cor de quivi, que a faz esquecer o nome do terrível ex. Em "Amor de Carnaval", as melhores amigas vão passar por tantas alegrias como tristezas, mas fá-lo-ão juntas.
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Pʀᴏsᴀ: Bastante básica, honestamente. Não há grande coisa a dizer da escrita das partes do inverno e do outono, a do verão é bastante engraçada mas repete-se demasiado e a da primavera...tirou-me um pouco do sério. Ei de me expandir mais à frente mas, resumidamente, na primavera é-nos dito tudo, timtim por timtim, ao ponto de a autora nunca se preocupar em desenvolver os seus personagens porque pode simplesmente dizer que o fez, em vez de o mostrar. Para além disso, o diálogo não é nada natural.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: A nível de enredo, tenho de destacar algumas coisas, como o facto de a conclusão de "O som dos sentimentos" estar mais preocupada em satisfazer os desejos dos leitores do que em fazer sentido. O conto foi ótimo, encantador e o meu favorito no livro, mas teria sido muito mais interessante se se alicerçado mais na ideia de as pessoas entrarem na nossa vida por "uma razão, uma estação ou uma vida inteira", e tivesse aplicado a segunda instância ao João Paulo, em vez de nos atirar com um final feliz convencional que tira poder à narrativa. Como já mencionei, "A matemática das flores" é um trabalho preguiçoso, estando cheio de drama pouco credível, uma incapacidade de puxar a história para a frente de maneira tangível e não permitindo retirar praticamente nada da sua leitura, nem um momento agradável. Os maiores problemas da Jasmine são inteiramente provocados por ela, aliás, o conflito principal era completamente previsível e evitável se ela e o David tivessem parado para pensar, mas preferem não o fazer e depois agir como se o mundo fosse acabar amanhã (quase dá vontade de concordar com a bully). É tudo genuinamente mal pensado, e isso está evidente. Já a nível do "Amor de Carnaval", o enredo é um desperdício de potencial. Ele começa extremamente divertido, de partir a rir, por parecer uma sátira do formato geral das comédias românticas, e para aí até meio do capítulo, isso é muito bem conseguido. Infelizmente, no momento em que o Guima decide dar uma de Ross Geller, o efeito satírico vai pelo cano abaixo e a história torna-se numa comédia romântica a sério, algo visto pela forma como a narradora se irrita com a Inha por esta não se querer atirar para os braços de um rapaz questionável. Não digo nada sobre "Enquanto a neve cair" porque a Paula Pimenta, apesar dos seus defeitos, soube dar ao seu capítulo pernas para andar.
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: Tanto a Mabel como a Ana Júlia são protagonistas bastantes sólidas. Os seus defeitos estão à flor da pele e é claro desde o início o que é que está a impedir o crescimento de cada uma delas. Tendo em consideração o facto de as suas respetivas estações não serem muito longas (em páginas), as autoras fizeram um ótimo trabalho no desenvolvimento das suas heroínas. Paula Pimenta usa uma experiência de quase morte como catalisadora da evolução da Mabel, dando à rapariga a hipótese de provar que a sua atitude arrogante é apenas um escudo e que, na verdade, ela é apenas como qualquer outra miúda de 14 anos: faz-se de crescida para esconder o facto de ser influenciável e insegura. É impossível não ter compaixão e ela floresce em termos de confiança e bondade. A Ana Júlia, por outro lado, é pessimista e vive com uma nuvem negra em cima da sua cabeça, não entendendo a leveza das pessoas da sua idade e usando, por isso, o julgamento para se defender. Ela sabe que tem uma inteligência superior mas sente-se perdida, então faz tudo o que os pais mandam para não ter de lidar com a incerteza que a atormenta. É a influência de um certo músico, que aparece na sua vida tão subitamente como um meteoro, que lhe abre o olhar para o valor das pequenas coisas e a faz querer viver a sério, o que também a leva a apreciar mais as pessoas à sua volta. No final da sua parte, ela é uma pessoa diferente, mais decidida e com rumo, e é um prazer estar lá para ver. Agora...a Jasmine dá-me cabo do juízo. Já falei um pouco sobre ela mas é o epítome do clichê de uma miúda de 17 anos: é imatura, rude, coloca todos os que conhece em caixinhas (imaginem não se puder atirar um adjetivo genérico para a cara de alguém que só se viu uma vez, eu não sei se consigo), cria filmes com tudo, inventa que os pais não lhe dão liberdade que chegue quando nem sequer é responsável...podia continuar mas acho que me dei a entender. Dá a sensação de que a escritora queria criar alguém com que o leitor se pudesse identificar, mas as tentativas são tão forçadas que fazem o oposto. Uma das coisas que mais me irrita é a questão de ela não ter ideia do que vai seguir na universidade, um dos seus problemas principais, ser resolvida com um estalar de dedos, do nada, quando a autora se lembra de nos dizer que, afinal, a Jasmine sempre soube o que queria e até já andou a fazer por isso, mas que, aparentemente, decidiu mentir ao leitor logo nas primeiras páginas sobre isso. Não tem nexo nenhum. Ela não amadurece realmente, todas as suas supostas consequências acabam por se revelar prémios e os outros personagens só existem para a fazer parecer melhor pessoa, alvo de pena ou para realizar os seus desejos. É desconcertante a habilidade da autora de criar uma peste com tão pouco tempo de antena. Finalmente, o trio maravilha do verão é um máximo e dá vontade de abraçar, isto é, até duas das amigas se juntarem à narradora e pressionarem a Inha ao limite para ela perdoar um idiota devido a uma tecnicalidade, porque ela nunca encontrará alguém como ele outra vez (onde é que já ouvi esta? ah sim, em todas as comédias românticas onde há uma relação tóxica). A Flávia é a única que mostra algum amor próprio e pensamento coerente, e dá uma pena terrível quando ela volta ao 0 devido à pressão exterior. Não a culpo, culpo todos à sua volta, são terríveis.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: A este ponto já não estou a dizer nada de novo, os casais das estações frias são adoráveis (especialmente a Ana e o João, ele tem a personalidade de um cachorrinho fofinho e não aceito críticas), se ignorarmos o aparente vício das autoras brasileiras em criar pares com idades em que dois ou três anos de diferença tornam a leitura desconfortável. Quanto aos meses mais quentes...o David é um idiota quase tão grande como a Jasmine (ainda bem que duas pessoas com complexos de vítima se encontraram, podem fugir do resultado das decisões que tomaram conscientemente juntos) e é bom que me tirem o Guima da frente, e rápido, já não posso com o senhor "Oh mas como é que ele não tem nenhum defeito? Espera...ele quase destruiu a vida da protagonista e traiu a antiga namorada, ups!". Exigo justiça para a Inha!
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: Procrastinei imenso acabar esta obra, não é o tipo de livro que prenda o leitor.
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: Tudo o que este livro tinha de fazer era oferecer quatro histórias de amor reconfortantes e suaves que deixassem o leitor a suspirar e melhorassem o seu dia, não é pedir muito. Memórias disto não quero, o livro é para vender.
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: ⭐⭐+ ½
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: Na verdade, como direi a seguir, não aconselho a leitura, mas se tiverem de ler (não têm, amigos, não têm), suponho que não haverá problema a partir dos 13 anos, apesar de romance não ser uma prioridade nessa idade e de este livro ter alguns maus exemplos do que é uma relação.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: Eu realmente apreciei uma boa parte da obra, o problema foi o facto de os capítulos bons estarem todos no início, ou seja, os fatores que me tinham deixado entusiasmada foram-se esvaindo da minha memória à medida que o clima ia (literalmente) aquecendo. Temo que o que é bom aqui não seja fabuloso ao ponto de justificar aguentar-se o resto, há por aí contos românticos que valem muito mais a compra. NÃO RECOMENDO.
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: Um Ano Inesquecível, Thalita Rebouças - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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Eu os odeio por isso. Um artista deveria criar coisas belas, mas jamais expor aspectos de sua vida no trabalho. Vivemos em uma época em que os homens tratam a arte como se fosse uma espécie de auto-biografia. Perdemos a noção abstrata da beleza. Um dia, mostrarei ao mundo o que ela realmente é e, por esse motivo, o mundo jamais verá o meu retrato de Dorian Gray.
O Retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde)
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Colecção Traditore, #17 | COLÓQUIO Letras
"Fintar o infinito sem o fim", recensão de Margarida Vale de Gato a ALFABETO, livro de Inger Christensen com tradução de Ricardo Marques (2024). /// Revista COLÓQUIO Letras n.º 217, Setembro/Dezembro de 2024 (Secção Notas e Comentários, pp. 193-198) do livro: https://livrosnaoedicoes.tumblr.com/post/739804281203556352/colecção-traditore-17-alfabeto-autora-inger /// pedidos via [email protected] /// livrarias: https://naoedicoes.tumblr.com/livrarias
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Édouard Louis encontra uma mãe que ele até então não conhecia em "Lutas e metamorfoses de uma mulher"
Se em “O Fim de Eddy” e “Quem matou meu pai” Édouard Louis defabafou a difícil relação que ele tem com seu pai, em “Lutas e metamorfoses de uma mulher” o autor revela algo até então pouco explorado em seus obras: a relação conturbada com sua mãe. Neste livro, Louis volta na história para entender as origens de sua mãe e exorcizar o seu ressentimento, mas, para isso, não foge da própria…
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24 de maio de 2023. Quarta-feira.
Primeiramente, quero começar fazendo uma nota de repúdio quanto a esse site, que me obrigou a reescrever esse post depois de passar um tempão tentando escrever alguma coisa com um mínimo de sentido (sim, esse post conseguiu ser pior do que é),
Segundamente, desculpe pelo sumiço, mas me deu preguiça de escrever esse post pelo simples motivo de não saber o que escrever além de: terminei de ler O Construtor de Pontes (e dei 3 estrelas).
Eu gostei da leitura, ela é bem rápida, mas se eu tivesse que explicar o motivo do livro ter perdido 2 estrelas eu não faria ideia do que escrever.
Acho que só senti e dei essa nota.
Só que também acho que o problema é a nota 3. Nos meus parâmetros, essa nota significa "bom", mas um simples "bom" pode ser tanta coisa... Possui tantas nuances... Para alguém um alívio, para outros uma decepção (que frase cafona kkkk).
Okay, tentando achar uns defeitos, eu diria que o autor cria uma grande expectativa e a destrói, contudo, também destrói a gente de um jeito que não tínhamos ideia do que ia acontecer - então, como um compensa o outro, não acho que seja um defeito.
Seguimos.
Eu não gosto do protagonista... Ele foi escrito para ser diferente, o autor sempre aponta ele como o irmão fora da curva, entretanto, no final dos contas, ele só é o mais desinteressante.
Tanto é que, o título do livro é por causa desse garoto, mas a gente fica pouco se fudendo pro caralho dessa ponte. Tem gente morrendo, gente divorciando, criança apanhando na escola e a gente vai querer saber disso????
E não vou entrar no tópico MULA, porque esse animal prometia tanto e entregou nada.
Por fim, o livro é uma grande enrolação, ao mesmo tempo que tenta contar coisa demais...
De qualquer forma, ainda acho que vale a pena lê-lo, só por ter boas histórias, principalmente a da pianista que foge da terra natal, da história de amor do pintor e a da jóquei - talvez se tivesse mais deles e menos do irmão diferente & desinteressante fosse um 5 estrelas.
A culpa é do construtor de pontes.
(E é por isso que não faço resenhas propriamente ditas).
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O Poder - Naomi Alderman
Terminei de ler "O Poder" de Naomi Alderman.
Resumindo a história do livro pra quem não conhece, é basicamente sobre o dia em que muitas mulheres simplesmente aparecem com poderes de eletricidade e daí inverte o mundo de ponta cabeça, aos poucos estabelecendo um matriarcado.
Agora, é claro que gente com poder demasiado sempre foi um problema, então gradativamente toda a situação vai se tornando uma bola de neve. Homens com medo de andar na rua, andando com proteção, hominícidio (que loucura usar uma palavra dessa), enfim, todas essas coisas.
Há quem reclamou dizendo que não conseguiu se apegar a nenhuma personagem (eu me apeguei a duas personagens, não posso negar), ou que jura de pé junto que mulheres não seriam tão cruéis para dominar o mundo daquela forma (bom, daí já não sei, não confio nem na minha sombra, gente KKKKK). Mas como um todo, eu gostei sim.
É aquele livro de moral duvidosa e que poderia entrar no velho e bem conhecido "Good For Her" (Bom Pra Ela). Eu sinceramente não fiquei com essa sensação no final do livro, eu só fiquei é preocupada KKKK
3/5 estrelas (pelamor de Deus, três estrelas não é ruim, gente, ao menos eu estou começando a notar que não).
#livro#book#crítica#quem vê pensa que sabe de alguma coisa#feminismo#ou algo assim#good for her#bom pra ela#literatura#história#o poder
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Flip causa polêmica ao proibir venda de livros
Organização da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip) decidiu proibir as casas parceiras de venderem livros durante o evento. Objetivo é priorizar a livraria oficial da Flip. Decisão vem causando muita polêmica e várias críticas. #Flip #Venda
Uma decisão da organização da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip) está causando controvérsia. Uma cláusula contratual impede que as casas parceiras da Flip vendam livros durante o evento. A informação foi revelada pela Folha de São Paulo. A justificativa é proteger os interesses da organização. De acordo com a proposta, as vendas devem se concentrar na livraria oficial da Flip,…
#Casas parceiras#Críticas#editoras parceiras#Feira Literária Internacional de Paraty#Flip#Literatura#Polêmica#proibir#vendas de livros
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"O escritor é, antes de tudo, um inadequado, alguém flagrado em erro, que tentará recuperar, pelo trabalho beneditino da escrita, a sua alma – digamos romanticamente (mas a literatura, como a entendemos hoje, lembra bastante uma produção romântica) –, a sua alma usurpada. De certa forma, a expressão que o escritor João Antônio costumava usar para explicar seu trabalho de escritor – quando escreve, o escritor “vai à forra” – está certa. Mas eu deslocaria a direção dessa vingança, que para ele parece que era diretamente dirigida à sociedade, para a própria intimidade do escritor. É como se ele, de fato, quisesse corrigir a si mesmo, antes de, pragmaticamente, tentar corrigir a sociedade e o mundo. O poeta e o prosador, ambos se incluem substancialmente nas figuras que eles projetam escrevendo, ainda que só eventualmente sejam produções tipicamente “biográficas”."
(Cristóvão Tezza, in Literatura à margem)
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Isso não é poesia!
Um desabafo necessário quando a realidade resolve impor as regras da Eugênia até na poesia...
Eu não tenho paciência com frases prontas, repetidas em eco de boca em boca. E quando leio uma crítica que começa afirmando que tal mulher não escreve poesias, respiro fundo e começo a rir. Depois saio para andar e ao voltar… espio a prateleira e escolho um livro de poesias. Nada melhor que um bom verso para espanar certos sujeitos e suas arrogâncias verbalizadas. Tenho o imenso prazer de…
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QUESTÃO DE HONRA | Um Conto de Legião: A Era da Desolação por Newton Nitro | NITROCONTOS
QUESTÃO DE HONRA Um conto de Legião: A Era da Desolação por Newton Nitro – https://linktr.ee/newtonnitro Cerco da Cidade-Estado de Tédralos,1112 A.D. — O que a Capitã Keranina Carniceira quer, Arauto Zirkoth? O anão das sombras sorriu e disse: — Esta cidade está condenada, Capitã Samadeva. No entanto, os três mil guerreiros da Legião do Chacal não precisam morrer junto com as tropas tolgarianas.…
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contar pra vocês, porque esse blog não vive só de safadezas. hoje eu mediei uma roda de leitura com um amigo da geografia sobre o conto olhos d'água da conceição evaristo, e foi muito produtivo.
não sei se vocês conhecem o trabalho dela, mas é uma autora contemporânea nossa que vem sendo muito lida e estudada, com o todo o mérito porque a queria é uma querida talentosíssima e muito humilde made in minas gerais. ela tem uma literatura muito sensível, muito bonita, e que faz diversas críticas sociais.
o meu amigo da geografia trouxe toda essa perspectiva geográfica e tals, depois a gnt pode até discutir, e eu só queria mesmo é encorajar vocês a lerem a obra dela. esse conto tem muitas camadas, seja religiosa, de ancestralidade negra, da questão social, política e econômica num geral. é uma leitura muito válida, muito completa. acho que vocês conseguem o pdf numa pesquisa no google mesmo, mas quem se interessar, eu tenho o pdf do livro completo com outros contos além desse, que é curtinho, dá pra ler em dez minutos ou menos.
queria começar a fazer uns comentários ou resenhas de livros que eu tô lendo ou já li aqui no blog, talvez fazer um clubinho do livre não sei. me ajuda a refletir melhor sobre o que eu consumo, e também pode servir pra incentivar vocês a lerem mais do que vocês já leem aqui.
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Os homens se casam porque estão can-sados; as mulheres, porque são curiosas. Ambos se decepcionam.
O Retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde)
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LIVROS DO ANO | Ípsilon, Público
O SERMÃO DE NOÉ DENTRO DA ARCA E OUTROS POEMAS, de José António Almeida, integra as escolhas do Ípsilon, no Jornal Público (livros de poesia publicados em 2023).
A menção e a nota sobre a obra são de António Guerreiro, para ler na página 8 (ed. papel) ou aqui: https://www.publico.pt/.../melhores-2023-ipsilon-literatura/ (ed. online)
O SERMÃO DE NOÉ DENTRO DA ARCA E OUTROS POEMAS é o volume III do ciclo METAMORFOSES [obra em curso], e foi publicado em Outubro deste ano, com capa a partir de colagem do autor.
«O Alentejo não foi uma opção. Foram as circunstâncias, como diria Kavafis, que me impuseram uma certa “vila da província”. Talvez os meus poemas agradem mais ao homossexual dos velhos tempos do que ao jovem gay livre e emancipado dos dias de hoje. Para o meu labor, prefiro — acima de tudo — o leitor comum e entusiasta da poesia. Não saí do “armário” — há muitos e muitos anos, e a poesia foi a chave da porta — para ser engavetado, por quem não ama a poesia nem a vida e ainda menos a raiz erótica de ambas, no cacifo da literatura gay com um rótulo na testa ou uma etiqueta na nuca.» José António Almeida https://livrosnaoedicoes.tumblr.com/post/731437790705991680/colecção-mutatis-mutandis-24-o-sermão-de-noé
/// O livro está disponível através de pedidos via [email protected] ou nas habituais livrarias: https://naoedicoes.tumblr.com/livrarias
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"Felizes os felizes" carrega o ritmo do teatro de Yasmina Reza
Não dá para dizer ao certo se “Felizes os felizes” é um livro de contos ou um romance. Por um lado, possui vinte capítulos independentes entre si; por outro, os personagens desses capítulos estão todos entrelaçados. De qualquer forma, é um livro ótimo. Yasmina Reza já disse em entrevista ao The Guardian que uma das suas maiores preocupações ao escrever um livro é dar um ritmo à história. E ela…
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9 de abril de 2023. Domingo
Ontem, finalmente, eu terminei de ler O Messias de Duna!
E, sinceramente, apesar das reclamações dos posts anteriores, eu achei o final bem corajoso. Mesmo com algumas pistas, não imaginei que o autor teria coragem de fazer o que fez. Além disso, acho que deixou um gancho interessante pra continuação.
Dito isso, se o autor tivesse se empenhado em mostrar o que aconteceu, ao invés de ficar filosofando, a história poderia até mesmo superar o primeiro livro.
O que ele tentou passar era bem interessante, toda a conspiração para tentar tirar Paul do poder era bem orquestrada. Só que, mesmo com aquele encerramento, no final ninguém se importa com os personagens.
Outro ponto positivo foi o capítulo que começa na página 205. Ali deu gosto de ser alfabetizado.
Inclusive, acho legal falar do tamanho do livro, se tivessem mais 200 páginas em que mostrasse o cotidiano dos personagens, eles interagindo mais, mostrando o peso das decisões e as visões de Paul, seria incrível. Ao mesmo tempo, graças a Deus que não passou de 300 páginas.
Enfim, saldo final: apesar de decepcionado, ainda manteve vivo a vontade de dar sequência na trilogia, então está ótimo.
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